A capital baiana caminha sem rumo quando o assunto é mobilidade urbana. Apesar da aparente redução de 3,8% no número de multas em relação a 2024, Salvador segue ostentando uma média absurda de quase 60 mil infrações mensais. Isso não é sinal de avanço — é um grito de socorro.
Sob a gestão do prefeito Bruno Reis, a cidade parece mais interessada em punir do que em prevenir. A chuva de autuações evidencia um modelo de fiscalização que foca em arrecadação e negligencia o essencial: planejamento urbano e educação de verdade. O problema não está apenas nos motoristas, mas em uma cidade que foi abandonada à própria sorte nas mãos da Transalvador e seus radares famintos.
O excesso de velocidade e as ultrapassagens ilegais não são apenas infrações, mas sintomas de um trânsito doente, desorganizado e, acima de tudo, mal gerido. Enquanto isso, a prefeitura finge promover educação no trânsito com panfletos e banners em feiras. É a maquiagem da inoperância.
A especialista Ana Cláudia Silveira é certeira ao dizer que “quando o mesmo erro se repete, o problema é estrutural”. Salvador precisa de engenharia de tráfego, infraestrutura urbana e liderança política que não trate a cidade como um campo de multas. A gestão Bruno Reis coleciona fracassos, e o trânsito é só mais um retrato dessa incompetência.
Por Redação